sexta-feira, 14 de outubro de 2011

TAL QUAL O DONO - A relação entre o “pet” e seu PROPRIETÁRIO - uma INTERAÇÃO energéticA

INTRODUÇÃO
Algumas fotos de cães com seus donos, já circularam em nosso meio, mostrando a semelhança de atributos físicos de ambos. E não é só a semelhança entre aspecto físico, e, de estilo que chama a atenção. Muitos clínicos já devem haver notado como muitos animais apresentam as mesmas doenças que seus donos, muitas vezes utilizando o mesmo medicamento que seu proprietário. Até mesmo em termos de personalidade eles se parecem. Como é que isso se explica? Qual a verdadeira relação que existe entre o proprietário e seu “pet”? Existe algum tipo de interação entre eles?
A finalidade deste trabalho é mostrar como se dá esta troca de energia entre cão e dono, e, o resultado desta interação, considerando-se ambos como seres espirituais que são.

REVISÃO DE LITERATURA

Espiritualidade

Em Dezembro de 1969, a "American Association for the Advancement of Science" aceitou a filiação da "Parapsychological Association". O fato representa o coroamento de longa e penosa luta desde os tempos gloriosos das pesquisas psíquicas1. Tem-se como provada a realidade dos fenômenos de telepatia, da clarividência, da precognição e da psicocinesia. Mas, deve-se fazer justiça ao Mestre Allan Kardec2: ele foi o responsável direto e consciencioso de todo o processo de investigação em torno do homem e da alma, a partir do momento em que lançou, em Paris, "O Livro dos Espíritos", a 18 de abril de 1857. (LOUREIRO,2001)
Sobre a alma dos animais e o homem, KARDEC GONZALES3 (1944) declara:
Assim como os homens, os animais também possuem alma. A alma dos animais difere da do homem, no sentido de que é menos evoluída, mas isto em termos quantitativos, não em termos qualitativos. A alma do animal está para o homem, assim como a alma do homem está para Deus. A diferença entre a alma animal e humana, é que a primeira não possui livre arbítrio. Mas, os animais têm a sua linguagem, os seus afetos, a sua inteligência rudimentar, com atributos inumeráveis. São eles os irmãos mais próximos do homem, merecendo, por isso, a sua proteção e amparo.”
O autor italiano espiritualista, BOZZANO (s.d.), em seu livro, “Os Animais Tem Alma?”, registra cento e trinta casos de assombrações, aparições e fenômenos supranormais com animais; todos ocorridos no cenário do século XIX, nos quais o animal é tanto agente como receptor. Esta obra é um relato das manifestações metapsíquicas e os animais, dentre dezenas de outras obras metafísicas.
A autora Diane STEIN (1998), descreve a anatomia não-física de cães, gatos e cavalos, e afirma que eles têm um sistema de chackras altamente desenvolvido e distinto, e, uma energia áurica.
STEIN (1998) descreve, no capítulo Anatomia Física&Não Física, que as camadas das auras, segundo a psíquica Marion WEBB-FORMER (1992), de cães, gatos e outros animais são diferentes das camadas dos humanos em sua extensão. Nos animais, o corpo etérico, por se estender diretamente a partir da alma superior....é mínimo... A segunda camada da aura, que é conhecida como nível astral ou emocional, é bem mais larga do que a dos humanos. Ultrapassa a fronteira de qualquer alma humana total, porque os animais, no nível astral, participam tanto quanto no nível físico... Os gatos, principalmente, preferem o nível astral da existência. As camadas mentais inferior e superior das auras dos animais são muito estreitas, pois eles não utilizam suas idéias mentais em qualquer âmbito. Por fim, a camada espiritual das auras dos animais é semelhante à astral em tamanho e, considerando ambos os níveis, isso é consequência da abundância da consciência da Fonte4 do animal.”
Ainda segundo WEBB-FORMER (1992), cães e gatos se reconhecem mutuamente e reconhecem seus companheiros humanos “vendo”, basicamente, a aura um do outro e não por impulso sensorial físico. Essa a razão de, às vezes, o reconhecimento ser feito até a longas distâncias, uma vez que a aura dos animais estende-se tão amplamente, que o contato pode ser feito com outra aura, antes de acontecer o contato físico. Esse contato áurico é muito maior do que ver, cheirar, ouvir, tocar e falar. Ressoa por todos os sentidos interiores do animal. É a fusão das duas auras. (STEIN,1998)
Nos animais não há o equivalente ao chacra do coração, porque não há neles a necessidade desse chacra. Devido à sua abundância da consciência da Fonte, eles não perderam o conceito do amor, enquanto o homem tem e precisa desse chacra para reafirmar-se e realinhar-se com o amor, que é toda existência. (STEIN, 1998)
O corpo de um ser humano vivo deve seu funcionamento exatamente àquelas duas instâncias imateriais a que denominamos consciência (alma) e vida (espírito). (DETHLEFSEN et al., 2002)

Pensamento

Marc HAUSER (2001), professor do Departamento de Psicologia da Universidade de Harvard, diz que os animais pensam de maneira semelhante a crianças que não aprenderam a usar a linguagem. Eles têm pensamentos muito interessantes, mas só conseguem expressá-los por meio de grunhidos, latidos e trinados.
Quanto ao fato dos animais pensarem, Stanley Coren, professor de psicologia da University of British Columbia, especialista em inteligência canina e treinador premiado de animais, assinalou em 1994, o fato de que os animais são criaturas pensantes e dotadas de consciência, com percepção de si mesmas e sentimentos emocionais. (GRAHAM,1999)
Os pensamentos vem do espírito através da mente, para o cérebro físico, enquanto os sentimentos, as emoções, tudo quanto for do campo moral, vem do perispírito diretamente para a aura projetando-se sobre essa película envolvente, na forma de imagens, como na TV em cores. (KARDEC GONZALES et al., 1984)
O cérebro é como um aparelho emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo energético do camp0o espiritual. A vibração é um movimento de vaivém, chama-se movimento vibratório. Sintonia é a identidade ou harmonia vibratória, isto é, o grau de semelhança das emissões ou radiações mentais de dois ou mais espíritos, encarnados ou desencarnados, ou seja, afinidade moral. Sabemos que o pensamento é um fluxo fluídico, é matéria sutil do corpo espiritual, logo é concreto e, às vezes muito visível, podendo perdurar longamente em dadas circunstâncias. Portanto o padrão vibratório é uma maneira de definir o padrão moral do espírito. Atraímos as mentes que possuem o mesmo padrão vibratório nosso, que estão no mesmo nível moral. A comunicação interespiritual é controlada pelo grau de sintonia. (SILVA, 2000)
Pode-se dizer que o pensamento atua num plano invisível da existência, não necessariamente o mesmo em que se propagam as ondas eletromagnéticas conhecidas pela ciência (segundo o esoterismo e o espiritualismo, há diversas dimensões nas quais a natureza age e o ser humano semelhantemente atua, sem o saber), podendo ser visto apenas pelos que têm certos graus de clarividência, tendo cada tipo de pensamento uma forma mais ou menos determinada e implicando numa sintonia entre os que o emitem e o recebem. (SEGNO,1991)
A mente humana pode emitir vibrações que afetam outras mentes e afetam a matéria. O pensamento é vibração, e este forma ondas que circulam ou se dirigem a alvos determinados, podendo ser captadas por outras mentes, ou aglutinar-se a outras ondas de pensamentos afins. (KARDEC GONZALES et al.,1984)
Em linguagem mais corriqueira e científica, LIMA (2005) explica que a vibração dos pensamentos provoca primeiramente alterações elétricas no cérebro que levam à produção de substâncias químicas pelo hipotálamo (área do sistema nervoso localizada na base do cérebro). Estas substâncias químicas são os mediadores (mensageiros), que fazem a comunicação entre as células. O tipo de mediadores que será produzido e o que eles causarão, depende do tipo de pensamentos que está sendo gerado a cada instante.Não se sabe exatamente, ainda, como se dá o fenômeno de vibrações se transformarem em moléculas químicas nem como estas determinam desequilíbrios nas células. No entanto, não há dúvida de que, certos estilos de pensamentos agindo sobre pessoas geneticamente predispostas, são capazes de desencadear mudanças no organismo, que se manifestam sob a forma de doenças.
KARDEC GONZALES (1944), em A Gênese, cap. XIV, item 15, esclarece que os fluidos são o veículo do pensamento, e, que este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar.
Segundo Zalmino ZIMMERMANN (2006), todo pensamento produz dois tipos de efeito: 
  1. gera na aura a sua imagem – forma pensamento – de acordo com a carga emocional;
  2. influi na fisiologia dos centros vitais, repercute no sistema nervoso, no sistema endócrino, no sistema sanguíneo, e demais vias de sustentação do edifício celular.
Estudos recentes sobre a região mental do cérebro chamada subconsciente e sobre os efeitos das impressões gravadas nele mostram que sua capacidade de interferir no funcionamento do corpo é muito grande. Freud foi um dos primeiros a perceber que as atividades mentais poderiam modificar as funções normais do organismo, abrindo assim as perspectivas para uma nova ciência chamada Psicossomática. (VALCAPELLI et al., 2000)
Em 1959, o Dr. Leonard Ravitz, da William and Mary University, mostrou que o Campo da Energia Humana flutua de acordo com a estabilidade mental e psicológica da pessoa, sugerindo que existe um campo associado aos processos do pensamento. E deu a entender que a variação desse campo de pensamento provoca sintomas psicossomáticos. (BRENNAN,2002)
Com base na comunicação holística, não há mais dúvida atualmente de que muitas doenças têm seu ponto de partida no tipo de pensamentos que a pessoa cria na mente. (LIMA,2005)
Formas-Pensamento
O cientista italiano BOZZANO, realizou diversos experimentos para a detecção das chamadas formas-pensamento (usando inclusive da fotografia), e, apresenta o seguinte trecho explicativo com relação ao tema:
Todo pensamento cria uma série de vibrações na substância do corpo mental, correspondentes à natureza do mesmo pensamento, e que se combinam em maravilhoso jogo de cores, tal como se dá com as gotículas de água desprendidas de uma cascata, quando atravessadas pelo raio solar, apenas com a diferença de maior vivacidade e delicadeza de tons. “O ‘corpo mental’, graças ao impulso do pensamento, exterioriza uma fração de si mesmo, que toma forma correspondente à intensidade vibratória, tal como o pó de licopódio que, colocado sobre um disco sonante, dispõe-se em figuras geométricas, sempre uniformes com as notas musicais emitidas. “Ora, este estado vibratório da fração exteriorizada do “corpo mental” tem a propriedade de atrair a si, no meio etéreo, substância sublimada análoga à sua. “Assim é que se produz uma forma-pensamento, que é, de certo modo, uma entidade animada de intensa atividade, a gravitar em torno do pensamento gerador....”
O jornalista DESTÁCIO (2006) escreve sobre as formas-pensamento como uma possibilidade de forma de comunicação telepática. “A comunicação vai muito além do plano físico, através do uso das palavras”, diz o autor. O pensamento constitui uma das principais forças do Universo e, por conseguinte, do ser humano. E, ainda, diz que, a comunicação via pensamento não só é possível, como é das mais comuns entre os seres humanos – é claro que, como acontece por meio de palavras e outras formas mormente estudadas na academia, de forma muito rara ocorre a “comunhão” necessária para haver uma perfeita comunicação. De qualquer maneira, não deve ser descartada a possibilidade de se transmitir idéias e até mesmo palavras ou imagens por telepatia, conclui o jornalista.
Nessa atmosfera ideatória que nos cerca, os corpúsculos da matéria mental que compõem nossos pensamentos modelam “imagens” correspondentes às idéias que mentalmente projetamos. (XAVIER&VIEIRA,2003)
Os teósofos afirmam que as ditas “formas do pensamento” não se restringem às imagens de pessoas e coisas, mas atingem as concepções abstratas, as aspirações do sentimento, os desejos passionais, que revestem formas características e estranhamente simbólicas. (BOZZANO,2000)

Ideoplastia

O vocábulo “ideoplastia” foi criado pelo Dr. Durant (de Gros), em 1860, para designar os principais caracteres da sugestibilidade. (BOZZANO,2000)
Gustavo Geley define a ideoplastia como sendo “moldagem da matéria viva feita pela idéia”. A idéia não é um atributo, um produto da matéria: ao contrário ela é que modela a matéria e lhe confere a forma e seus atributos. (KARDEC GONZALES et al.,1984)
Idéia no sentido analógico refere-se a imaterialidade, espiritualidade, alma, psiquê, personalidade, metafísica, transcendentalismo, espiritualização, desmaterialização. (SPITZER,1952)
O termo idéia, no dicionário de psicologia, se refere a representação mental de alguma coisa em sua ausência. Experiência que não é devida diretamente aos órgãos de sentido, o que a difere da representação perceptual. (DORIN,1978)
A idéia é um ser organizado por nosso espírito a que o pensamento dá forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção. (SILVA,2000)
Segundo DETHLEFSEN & DAHLKE (2002), tudo o que acontece no corpo de um ser vivo é a expressão do padrão correspondente de informação, ou seja, é a condensação da imagem correspondente (em grego, imagem se diz eidolon, e também se refere ao conceito de “idéia”).
Com as idéias criamos em torno de nós um campo de vibrações mentais que identificam, pelo seu próprio conteúdo, as nossas mais íntimas condições psíquicas. (XAVIER & VIEIRA,2003)
Os fenômenos de mimetismo tão uniformemente frequentes nos animais, quanto misteriosos em seu mecanismo, também se podem explicar pela ideoplastia do subconsciente”. (GELEY apud BOZZANO,2000)

Indução Mental

A Pineal é uma glândula localizada no cérebro chamada de terceiro olho (Descartes, o filósofo, achava que a glândula era a sede da alma, esta glândula está relacionada com a percepção extra-sensorial e a fenômenos, como telepatia e intuição; a glândula pineal é a que aciona o organismo). As glândulas endócrinas têm uma conexão espiritual com as potencialidades latentes do ego, elas têm uma importância muito grande, uma vez que têm relação direta com principais centros vitais de energia, chamados de chacras e estão intimamente ligados com o desenvolvimento espiritual da humanidade. (QUEIROZ-TIBET, 2002)
A glândula pineal está associada ao sexto chacra, o chacra da cabeça, que governa o cérebro superior e o olho direito. E, a função psicológica associada a esse chakra (Centro da Testa) é a capacidade de visualizar e compreender conceitos mentais. (BRENNAN, 2002)
Ao passo que a capacidade de ver auras é latente em muitos humanos, isso é um sentido natural, por assim dizer, no reino animal, pois os chacras da coroa e do terceiro olho são um só. Assim, a capacidade de “ver” e funcionar no nível astral é extremamente acentuada.
Existe uma corrente de ondas suscetíveis de reproduzir suas próprias características sobre uma outra corrente mental que passa a sintonizar com ela. Expressando qualquer pensamento em que acreditamos, estamos induzindo os outros a pensarem como nós. A aceitação que os outros fazem de nossas idéias passa a ser uma questão de sintonia. (XAVIER & VIEIRA,2003)
Emoções e Sentimentos


Além do fato dos animais terem emoções, estas emoções são demonstradas de forma bem semelhantes à dos seres humanos. Quem chamou a atenção para esta semelhança foi Charles DARWIN em sua obra The Expression of the Emotions in Man and Animals (1989). Aqui o autor trata da expressão de todo um leque de estados emocionais – alegria, afeição, dor, raiva, medo, terror, tristeza, riso, amor, devoção, atenção, curiosidade, incluindo sentimentos ou emoções complexos como ciúmes, enfado, repugnância, assombro, admiração e vergonha. Seu estudo era baseado em cães, gatos, cavalos, animais selvagens e outros. (GRAHAM et al.,1999)
A ciência finalmente começa a acreditar que, se não todos os bichos, ao menos mamíferos apresentam alguma forma de emoção. E que a raiz das emoções se encontra em regiões do cérebro, tais como o sistema límbico, muito antigo do ponto de vista evolutivo e presente em todos os mamíferos. Estudos sobre o metabolismo do cérebro fornecem evidências de que os sentimentos dos animais talvez não sejam muito diferentes dos sentimentos dos seres humanos, pois entre eles há processos cerebrais comuns. Pesquisas mostram que o neurotransmissor dopamina é importante no processamento de emoções como alegria e desejo tanto em humanos como em outros mamíferos, conclui WILHELM (2006).
Ambos têm emoções, mas as emoções humanas são mais complexas; ambos aprendem, lembram-se, resolvem problemas e se beneficiam de experiências, mas os seres humanos demonstram superioridade em todos esses aspectos (GRAHAM et al.,1999).
Segundo LIMA (2005), tudo o que se vive envolve algum tipo de emoção. As doenças são situações que sempre disparam emoções e, muitas vezes, são antecedidas de emoções de tal significância que podem ser tidas como provocadoras da doença. Não se sabe em que nível as emoções participam da geração da enfermidade. Pode ser até que todas as doenças, que não as genéticas, tenham, na sua origem, emoções represadas ou mal solucionadas.
No estado atual dos conhecimentos e das possibilidades de investigação, não é possível garantir quando emoções tiveram papel ativo no desencadeamento de uma doença ou não. Entretanto, fatos circunstanciais levam a acreditar que efetivamente em certas situações estados emocionais específicos tiveram pelo menos uma estreita relação com a doença. (LIMA,2005)

Comunicação

Há estudos a respeito da comunicação animal, entre as mais variadas espécies. Os animais se comunicam numa grande variedade de modos, em diferentes níveis, de acordo com a evolução de cada espécie. (MORTON et al.,1992)
Muitas pessoas têm um senso intuitivo para lidar com os animais, mesmo dos pacíficos aos ferozes animais silvestres, ou, os exóticos e tímidos. Certas pessoas são artistas de certo modo, porque são intuitivamente capazes de se colocar na pele (ou pelagem) do animal. Se você lhes perguntar como fazem isso, geralmente não convencem talvez porque seu talento vai além, aquém - antes? - da nossa capacidade de falar, escreve a autora, e, ela denomina esta capacidade de empatia. Na introdução do livro, as autoras fazem uma referência ao mito Dr. Doolittle – “por muitas gerações a proficiência do Dr. Doolittle em falar com os animais deu sustentação a crença que o homem pode se comunicar com os espíritos animais. Esta mágica foi banida, hoje, na maioria das sociedades, mas ela existe, ainda que temporariamente bem perto de nós - na nossa infância . Com sua imaginação fértil, muitas crianças estão convencidas, que elas têm conversas com seus animais de companhia, com “companhias” humanas ou com personagens providos pelos brinquedos. A literatura infantil tem adicionado e instigado este diálogo.” (MORTON et al.,1992)
Diane STEIN (1998), dedica um capítulo intitulado Comunicação & Cura Psíquica em seu livro, ensinando como podemos treinar nossas mentes para nos comunicarmos com os animais através da telepatia, a fim de ajudá-los, tratar comportamentos patológicos, auxiliar em diagnósticos, encontrar animais perdidos, ou, simplesmente saber como determinado animal se sente em relação ao mundo externo. Isto tudo através da telepatia. A pioneira neste tipo de comunicação Penelope SMITH (2004), iniciou este trabalho na Califórnia, Estados Unidos, e, além de livros, um deles já traduzido para o português, ela possui um site no qual incentiva as pessoas a desenvolver este tipo de habilidade. SMITH (2004) dá palestras e cursos por todo o mundo, bem como presta serviços a particulares. E, hoje, na Internet encontramos uma lista importante de Comunicadores Animais, como são chamados, que prestam serviços à proprietários de animais, como qualquer outro terapeuta.
Ruppert SHELDRAKE (2000), pesquisador inglês, descreve em seu livro, como o cão sabe que seu dono está chegando; como os gatos vão para perto do telefone quando alguém muito próximo a eles está para chamar; e, como cavalos encontram o caminho de casa. Tudo isto também através do processo telepático.
Segundo STEIN (1998), os animais se comunicam telepaticamente pelo chacra solar (cor amarela), e assim o chacra da garganta (cor azul) é menos desenvolvido nos animais, ao contrário das pessoas. “Ao falarem com cães e gatos de forma consciente, as pessoas usam a garganta e o terceiro olho”, relata a autora.
O Pensamento Transforma


A exemplo de KARDEC GONZALES (1944), outros autores também falam da atuação do pensamento sobre os fluidos. Um dos primeiros pesquisadores a nos alertar para a sensibilidade da água, em nossos tempos, foi Theodor SCHWENK (1990), autor do livro “Sensitive Chaos”, primeiramente editado na década de 60, do século passado.
Masaru EMOTO (2004), autor do livro “A Mensagem da Água”, mostra que a estrutura molecular da água é sensível até mesmo ao pensamento humano. Através de experiência em laboratório, EMOTO (2004) provou que a água é sensível às energias vibracionais humanas como pensamentos, palavras, mensagens, orações e música, apresentando mudanças expressivas no arranjo da estrutura de seu molécula.
Com um microscópio ultrapotente, ele observou e fotografou as formas indefinidas de moléculas de água retirada de uma represa. Após ter sido benzida por um monge zen-budista, a mesma água apresentou cristais com contornos harmoniosos. Belos desenhos também apareceram nas moléculas de água destilada guardada em garrafas etiquetadas com dizeres “obrigado” e “amor”. Assim, EMOTO (2004) sugeriu: se a água reage a eventos não físicos, como oração, intenção e pensamento, o mesmo pode ocorrer com o corpo humano – composto por 70% de água.
Segundo o pesquisador japonês: “tanto alteramos os outros como a nós mesmos a partir dos pensamentos e da verbalização que interfere em nossas águas”.
A experiência de Masaru EMOTO (2004), iniciada em 1994, foi concluída e publicada em 1999, e, demonstra que a água tem a habilidade de refletir visualmente e molecularmente o ambiente, e permite a constatação da sintonia e da ressonância do reino mineral com o humano.
Relação Homem x Animal


O antropólogo Desmond MORRIS (1967), descreve a relação simbiótic a entre o cão e o homem, e cita o cão como o mais antigo simbionte da nossa história. O autor define o simbiose, como sendo uma relação interespecífica, onde a associação de duas espécies se dá para mútuo benefício. Mas, ainda, com relação ao homem e o cão, este autor escreve:
Sempre que nós participamos numa associação simbiótica, há uma forte tendência para que o benefício se incline mais em nosso favor do que do nosso sócio, mas não deixa de se individualizar esse tipo de relações, que se distingue das outras entre presa e perseguidor, porque pelo menos aqui não existe morte de outra espécie. Os nossos parceiros na simbiose são sem dúvida explorados, mas nós, em troca alimentamo-los e cuidamos deles. É um tipo de simbiose desigual, porque nós dominamos a situação e os nossos sócios não têm outro remédio senão aceitá-la.”
Com relação a dominância exercida sobre os cães de estimação, BEAVER (1999) relata que se os filhotes de cães, são criados entre os humanos, estes humanos serão vistos como dominantes. Isto devido ao fato do homem, ser, relativamente maior do que eles, e, também por ser mais velho. Alguns indivíduos, especialmente de certas raças, são mais relutantes em aceitar esta regra tão automaticamene. Um adestramento firme, mas gentil, durante a infância será necessário para estabelecer a dominância, diz o autor.
A domesticação, é uma simbiose, mas ela não precisa ser uma exploração, como diz VERGARA (2003) em seu artigo “Entre o Céu e o Inferno”.
A principal função da maioria dos animais de estimação é, sem dúvida, satisfazer as necessidades humanas, e há evidências de que eles satisfazem muitas necessidades físicas e psicológicas com grande eficácia. (GRAHAM et al.,1999)
No artigo de VERGARA (2003), ele transcreve a citação da Dra. Hannelore Fuchs, médica veterinária e psicóloga, especialista na relação entre humanos e animais. Ela diz, na reportagem, que temos uma necessidade psicológica de nos relacionar com os animais que não pode ser satisfeita pelo contato humano. E ainda, coloca uma característica fundamental na relação com o animal, que segundo ela é a biodisponibilidade. Um exemplo disto, é que um cão saudável atenderá feliz e prontamente o chamado do dono a qualquer hora do dia ou da noite. “Ninguém dá esse tipo de afeto”, diz a veterinária.
Ainda no mesmo artigo, quanto a disponibilidade relatada pela Dra. Fuchs, o biólogo americano Edward O. Wilson chama essa afinidade de biofilia. Para ele, há algo no nosso DNA que nos faz querer bem tudo o que é vivo.
Segundo a especialista Patricia McConnell, a chave da amizade entre homens e cães é que se trata de uma ligação emocional. Ainda segundo ela, o cão têm uma competência ímpar para comunicar seus desejos – comida, água, carinho, necessidade de um passeio. Também é capaz de ler as emoções de seus donos e responder apropriadamente a elas, num fenômeno que os especialistas chamam de ressonância afetiva. (TEIXEIRA,2007)
A respeito do relacionamento homem e animal, RYNEARSON (1978) descreve em seu trabalho que esta interação, homem e o animal de estimação, deve ser vista tanto como biológica, assim como psiquiátrica também. O autor cita que o laço entre o homem e o cão de estimação depende de sua mútua necessidade de relacionamento. Entretanto, o pesquisador afirma que o “pet” não usa o homem como um objeto, mas detém a graça natural de sentir sua própria dor. O cão de estimação é constantemente e incondicionalmente receptivo, e, uma fonte e objeto de cuidados.
Relacionamentos são de crucial importância em espécies animais sociáveis, relata RYNEARSON (1978).
E, segundo o etólogo César Ades, especialista em comportamento animal da Universidade de São Paulo, o homem nasceu entre os animais e sempre teve relações com eles. “não usar animal nenhum faz parte das utopias”, diz Ades. (VERGARA,2003).
O animal que o homem considera como “de estimação” é usualmente escolhido por sua nata capacidade de dispor e responder ao relacionamento. Um agregado dinâmico de comportamentos emerge entre os dois, e este é o ponto em que o relacionamento que se instala parece crucial – uma apego de cunho recíproco e vital. Por causa deste intenso envolvimento, a separação ou perda de um “pet” pode criar complicações e reações psiquiátricas fortes, afirma RYNEARSON (1978).
Os animais oferecem companhia, sem os problemas e as exigências da comunicação humana, além de aceitação sem julgamento; relacionamentos tão estreitos e benéficos geralmente criam vínculos fortes e duradouros (GRAHAM et al.,1999).
Também o etólogo e antropólogo Antonio Fernandes Júnior, afirma que o animal preenche uma lacuna existente em nós. “O animal serve como um espelho, em que o ser humano procura ver a si mesmo. Os índios americanos comiam o bisão não só pela carne, mas também para adquirir sua força, seu espírito”, diz ele. (VERGARA,2003)
A própria filosofia xamanista coloca a natureza da relação entre homem e animal como de origem espiritual. (ARTÉSE,2006)
Léo ARTÉSE (2006) declara que “é do estudo do Xamanismo que podemos aprender muito sobre as interações mentais entre homens e animais”.
Os “shamans”, comungam frequentemente com seus animais-totém, tocando em sua força espiritual, ou até mesmo se metamorfizando neles, desde os mais remotos tempos que a humanidade habita a terra. (MORTON et al.,1992)
Como animal-totem, o cão representa serviço e lealdade. (STEIN,1998)
Assim como o homem, o cão tem necessidade de se ligar a outro ser e adotá-lo como referência”, diz a veterinária e psicóloga Hannelore Fuchs. (TEIXEIRA, 2007)


DISCUSSÃO


Em pesquisa desenvolvida, em 2004, por dois psicólogos americanos, Michael Roy e Nicholas Christenfeld, da Universidade da Califórnia, 45 donos de cachorros e seus animais, foram fotografados separadamente, em três parques de cães. Em seguida, foram submetidos a um júri, para que fossem restabelecidos os pares corretos. No caso de cães de raça, a maioria dos jurados teve média de acerto de 16 em 25, o que corresponde a sessenta e quatro por cento (64%) do total. Nos mestiços, porém, a média caiu para 7 entre 20 amostras (uma diferença estatisticamente significante).
Os pesquisadores afirmam que, quando os proprietários adotam um cão, aleatoriamente, o fazem de forma a procurar aquele que, de alguma forma, se parece com eles, e na hora de comprar um filhote de raça, a escolha seja pelo “tipo”; aí então, eles escolhem o que eles querem. Como os mestiços mudam mais de aparência, o reconhecimento de semelhanças torna-se mais difícil com o tempo. (ROY et al.,2004)
Esta correlação pode demonstrar nosso desejo de ver a nós mesmos refletidos em nossos “pets”. E, isto se torna mais fácil em se tratando de cães de raça, segundo os autores. O psicólogo cita que devido a aparência de um filhote de raça ser algo definido, isto sugere que as pessoas estão escolhendo animais que se parecem com elas. Ele delega este fato a parte de nossa necessidade psicológica, em geral, de unirmo-nos a outros similares a nós, mesmo que o outro seja um cão. (SELIM,2004)
Entretanto, não parece que as pessoas usem qualquer caracteristica simples óbvia para fazer a escolha, porque não foram encontradas correlações significantes entre cães e donos nas seis dimensões examinadas. (ROY et al.,2004)
Havia um garoto maroto, sorridente e com um cabelo ligeiramente despenteado e um Golden Retriever com um sorriso maroto, e o mesmo cabelo – todos diziam “aqueles dois andam juntos”, relatou Christenfeld. (BHATTACHARYA,2004)
Os resultados do trabalho não revelaram a que nível a semelhança entre a pessoa e o animal existe. Tanto pode ser ao nível de atributos físicos ou ao nível de estilo. (ROY et al.,2004)
Espiritualmente falando, temos a companhia espiritual que desejamos mediante o nosso comportamento, sentimentos, pensamentos e aspirações. Estão ao nosso redor aqueles que sintonizam conosco ou têm contas a ajustar, como descreve SILVA (2000).
Quanto ao animal servir como espelho, isso continua valendo, diz o antropólogo Antonio Fernandes Júnior. “O dono do pitbull enxerga no cão características que ele admira, que valoriza para si. E o caçador, em geral, tem uma reverência por sua caça”. Ainda no texto de VERGARA (2003), ele coloca que as pessoas em geral escolhem um bicho com os traços que desejam para si, tal como descrevem ROY et al (2006). O dono de um pit bull, portanto, se dentifica com o cão.
Na conclusão do trabalho ROY et al. (2006) descrevem, porém, que houve alguma sugestão de que as pessoas e seus animais de estimação, eram similares na aparência amigável, mas que este efeito era de tamanho modesto, e não significante estatisticamente.
Esta aparência amigável que foi citada por ROY et al. (2006)., mas relegada a segundo plano, pode-se traduzir por uma “simpatia” entre cão e dono, assim como o caso do garoto e o cão da raça Golden Retriever. Ambos deixaram claro o aspecto em comum - uma impressão. A própria analogia da palavra Simpatia nos relata sobre a afinidade das almas, segundo SPITZER (1952). A respeito disto MORTON et al.(1992), relata como empatia em seu livro.
O fato deste efeito ter pequeno valor estatístico, como foi comentado por ROY et al. (2006), está no fato de que como colocou DESTÁCIO (2006), são raras as ocasiões em que há uma comunhão entre os dois seres espirituais, para que haja uma comunicação telepática.
E, no sentido de dominar, SPITZER (1952), dá entre vários outros significados, o de – adquirir aura. Assim, podemos entender que o dono (dominante) adquire, de forma abstrata, a aura de seu animal e lhe imprime sua própria aura, através das formas-pensamento, ou seja, a aura dominante (dono) toma o lugar da aura dominada (cão); assim, o animal irá manifestar a energia da forma-pensamento de seu proprietário. Por isso do cão Golden Retriever lembrar, em algum aspecto, seu dono.
Também na palavra dominar, temos como analogia: aniquilar, vitimar. Pois bem, o cão é vítima de seu proprietário, na medida em que adquire um comportamento estereotipado, a fim de ser aceito. Analogamente, estereotipar significa, segundo SPITZER (1952), ser conforme à regra; conformar-se com a regra; costumar fazer, repetir-se, aduzir exemplo, exemplificar; ilustrar.
Conformar-se com a regra, como foi dito por MORRIS (1967), uma simbiose desigual, na qual o animal deve se submeter, se aniquilar, extinguir-se.
Segundo BEAVER (1999), evidências sugerem que a adoção de comportamentos estereotipados pode ser um método copiado para lidar com o “stress”. Estereótipos podem também representar um comportamento ritualizado mostrado em situações de conflito mental, relata o autor.
Ainda segundo este autor, algumas teorias têm proposto o porquê da ocorrência de estereótipos. Primeiro, pensava-se que o meio ambiente pode produzir um estado de hiperexcitação, como pode ocorrer numa situação de conflito, e que a hiperexcitação é dissipada pela formação do estereótipo. A segunda teoria é que a situação do meio ambiente, ao contrário, produz um baixo nível de excitação, que o animal acha aversivo. O animal, então, forma o estereótipo para aumentar o nível de excitação. Embora a primeira teoria tenha a mais ampla aceitação, o reduzido nível de cortisol plasmático leva a suportar a segunda. Entre as várias causas de formação de estereótipo estão aqueles que são anormalmente reativos como resultado de um meio ambiente inadequado, cita BEAVER (1999) em seu livro.
Se procurarmos pelo significado do cachorro, dentro da filosofia do Xamanismo, segundo ARTÉSE (2006), teremos o talento deste animal como sendo: lealdade, habilidade para amar incondicionalmente, estar a serviço. Esta habilidade para amar incondiciomalmente, é que faz com que o animal crie um estereótipo, a fim de se assemelhar e agradar seu dono.
Também, segundo o pesquisador britânico RYNEARSON (1978), o animal que o homem considera como “pet” é usualmente escolhido por sua capacidade inata de dispor e responder ao apego. Um agregado dinâmico de comportamentos flui entre os dois, e é esta vivência da amizade que parece crucial – um balanço vital e recíproco de apego.
Em psicanálise ( psiquê=alma, espírito, mente ) o termo identificação se refere ao mecanismo inconsciente através do qual uma pessoa adota sentimentos e idéias de outra, por existir entre ela e essa outra, um certo vínculo na maneira de ser (DORIN,1978). Nesta definição podemos substituir os termos uma pessoa e outra, por, uma alma e outra. Sendo assim, o animal se identifica com seu dono por existir entre eles um vínculo na maneira de ser, ou, talvez, um apego recíproco.
A partir desta identificação cria-se o “imprinting” – processo de aprendizagem que envolve a socialização de uma resposta instintiva. (DORIN,1978). Ou seja, o animal absorve as impressões que lhe são carimbadas, na aura, através dos “insights” 5 – compreensão súbita; discernimento; visão profunda da situação ou problema (DORIN,1978), pelo seu dominante, ou, seu dono. Forma-se, assim, o arquétipo (protótipo, molde, exemplo da imitação), como já falamos, através da plasticidade da aura. Deste modo, um cão SRD, por exemplo, poderá não se assemelhar a seu dono no aspecto físico, ou no estilo, já que não foi escolhido nestes termos para ser adotado, mas, transmitirá a essência da personalidade de seu dono, em si mesmo, ao longo da convivência, assim como também o poderá fazer um cão de raça. A esta identificação também podemos chamar de sintonia ou afinidade moral, como foi colocado anteriormente neste trabalho. Esta sintonia se dá, sem dúvida, por uma grande afinidade entre estas duas almas, como já vimos. Mas, além da sintonia, é necessário haver aceitação das idéias para que assimilemos as interferências boas ou más que recebemos. (XAVIER & VIEIRA,2003)
Pela lei da assimilação, segundo XAVIER & VIEIRA (2003), também, temos que uma idéia que nos incomoda, que nos martiriza ou nos revolta, só persiste em nós pela aceitação que fazemos de seu conteúdo e pelas ligações que mantemos com seu emissor – aqui entra a submissão do cão às idéias de seu dono.
E, esta essência da personalidade, absorvida de seu dono, também será definitiva para estabelecer os tipos de doença que este animal desenvolverá, a mister dos pensamentos (idéias) que ele passa a adotar. Como cita VALCAPELLI et al. (2000): “nossa constituição psíquica é formada pelas idéias às quais damos credibilidade”. Desse modo, ambos cão e dono, podem desenvolver doenças iguais ou similares, pois eles pensam e sentem de igual maneira. A relação entre psiquismo e sintomas físicos é o que se estuda na metafísica.
DETHLEFSEN & DAHLKE (2002), em “A Doença Como Caminho”, discorrem que não existem “doenças”, mas uma única doença ligada inseparavelmente à “imperfeição” humana, e que se revela através de diferentes sintomas; e que a compreensão dos diversos sintomas clínicos abre para cada pessoa um caminho novo que as leva de um forma mais rápida à conquista do autoconhecimento. Deste modo, a submissão do cão, leva o animal a aniquilar-se a favor de seu dono, para que este possa se ver em seu animal e se descobrir em termos de paciente.
Sabemos que a mente e o corpo estão relacionados no sentido holístico, com a saúde. Temos na clínica médica veterinária, as Dermatoses Psicogênicas, como: Dermatite por Lambedura das Extremidades, Alopecia e Dermatite Psicogênica Felina, e as Manifestações Psicogênicas diversas, tais quais a sucção da cauda, sucção dos flancos, auto-amamentação, a lambedura anal, a lambedura das patas. Importante colocar que MULLER et al. (1985), descrevem neste capítulo, como se deve proceder ao tratamento da mente do paciente, além da observação do modo de vida e do ambiente em que o animal vive, a fim de se tratar a doença em si.
Temos também os processos ligados ao estresse e às emoções, tais como: Doenças Imunológicas – Atopia, Dermatite de Contato, Hipersensibilidades, Pênfigo, Lupus. E, também as Doenças Endocrinológicas: Diabetes, Hipotireoidismo, Hiperadrenocorticismo,etc. (MULLER et al.,1985).
Todas estas doenças são muito comuns na clínica de pequenos animais. E observa-se uma maior incidência destas doenças, naqueles animais que são submetidos a um estilo de vida “humanóide”, na qual o animal vive confinado a um lar, interagindo estreitamente com a espécie humana, e, até mesmo, confundindo-se com esta espécie. Tomemos como exemplo o cão da raça Poodle, tão difundido no seio das famílias. Esta raça é líder em doenças psicossomáticas.
Observa-se na experiência clínica, que animais que têm uma vida mais saudável, como por exemplo, os que vivem ao ar livre , tal qual no ambiente rural, têm uma estatística muito menor com relação ao desenvolvimento deste tipo de doenças. São animais mais saudáveis, por assim dizer. Isto também se observa nas outras espécies de animal de estimação de vida rural. As doenças acima mencionadas têm sempre um cunho emocional, ou de estresse, vinculados pelo homem, devido a proximidade deste com seu animal de estimação.
Além disso, também os Transtornos de Comportamento como Agressão; Medos e Fobias; Ansiedade de Separação; Transtorno Compulsivo; Comportamento Autolesivo e Transtorno Obssesivo-Compulsivo (DODMAN et al., 2000), são doenças psiquiátricas que atingem nossos cães e gatos e que estão grandemente vinculadas ao modo de vida a que os animais são submetidos. Ou, melhor dizendo, com a proximidade que eles têm da mentalidade humana. Aqui vale ressaltar a afirmação de RYNEARSON (1978), quando ele diz que a relação entre homem e ”pet”, além de biológica, encaixa-se no ramo da psiquiatria.
Enfim, os pensamentos têm propriedades (e consequências) físicas, embora isto seja na atualidade ignorado pela ciência tradicional, que ao longo das décadas eliminou de seus compêndios interessantes estudos desenvolvidos entre o décimo-nono e vigésimo séculos, hoje restritos às chamadas preconceituosamente de pseudociências ou, mais respeitosamente, de paraciências. (DESTÁCIO,2006).
CONCLUSÃO
Mostramos neste trabalho como as forças energéticas biofísicas atuam sobre o pensamento, e como este interage na saúde do ser, seja homem ou animal. Podemos concluir pelo exposto, que de acordo com o grau de intimidade entre o dono e seu cão, a comunhão que existe entre eles, este pode afetar a psiquê de seu animal, através de indução mental, fazendo com que este adote os mesmos sentimentos e atitudes de seu superior. Afinal, o animal adquire uma postura submissa e fiel, chegando esta fidelidade a exprimir a essência de seu dono em detrimento de si próprio. O cão deixa de ser ele mesmo, em sua essência, para exprimir a essência de seu dominante; um estereótipo de seu proprietário.
Assim, o animal reflete atitudes, maneiras, pensamentos, idéias e sentimentos que são próprios da espécie humana. Como usamos ver em nossas clínicas, ocorre uma antropomorfização deste animal, e ele, perde sua identidade animal, entra em conflito mental. Passa a ter, então, uma susceptibilidade a estados de doença. Daí surgem as doenças de fundo emocional ou decorrentes do “stress” a que este animal está sendo submetido. Neste ponto, animal e dono muitas vezes apresentam doenças similares (alergias, rinites, atopias, convulsões, diabetes,etc.) e até mesmo estão sob o mesmo tratamento medicamentoso. Isto já ocorreu em minha experiência profissional, mais de uma vez.
O animal se relaciona com o humano, a um nível espiritual, ou seja, ele tem uma função, ou como coloca-se no Xamanismo, este é seu serviço. Já ouvimos falar muitas vezes que o animal age como anteparo para seu dono. Muitas vezes ele dá a vida pelo seu proprietário no plano cósmico. Por isso, quando surge um animal a nossa porta, quando o animal nos adota, ou adota nosso lar, não devemos lhe dar as costas. Ele, provavelmente, esta lá, como um escudo protetor a nível espiritual, para trabalhar para nós, ou pela nosso casa, ou pelo nosso grupo. Pois bem, o animal de companhia, chamado neste caso de “pet” talvez tenha também uma função análoga, no sentido de saúde. Pode ser que ele esteja assumindo esse papel, para servir, realmente, de espelho a seu dono; para que este se veja em seu animal, e, que a pessoa possa reconhecer nesse animal, suas falhas de caráter, ou, desvios emocionais, ou doenças da alma. Possivelmente, o animal manifesta antecipadamente, a nível físico, o que seu proprietário poderá constatar em si mesmo futuramente. Pelo tempo de vida mais curto, o animal desenvolve mais rapidamente, seu ciclo de vida, que em termos de doença psicossomática, é o reflexo de seu dono.
DETHLEFSEN & DAHLKE. (2002) no livro “A Doença Como Caminho”, resumem a doença como um estado do ser humano que indica que, na sua consciência, ela não está mais em ordem, ou seja, sua consciência registra que não há harmonia. Essa perda de equilíbrio interior se manifesta no corpo como um sintoma. Segundo os autores, “todo sintoma é um alerta da alma para uma carência essencial, pois a doença tem um único objetivo: tornar-nos perfeitos”. E ainda afirmam que, toda nossa linguagem é psicossomática, o que quer dizer que ela conhece os inter-relacionamentos entre o corpo e a psiquê.
E aqui entra nosso amigo “pet”, o amigo espiritual, como ser leal, mostrando a seu dono como ele pode encontrar seu caminho de cura – espelhando seus sintomas mentais a nível físico. Assim como relatam DETHLEFSEN & DAHLKE. (2002),” vamos ousar ouvir e estabelecer um contato com os sintomas, pois assim se transformarão em mestres incorruptíveis a nos orientar no caminho da cura verdadeira”.
A Metafísica estuda este tipo de relação - mente e corpo - e, quem sabe, num estudo futuro, possamos correlacionar doenças físicas, nos cães, com os sintomas mentais de seus donos .
E porque não, hoje com a evolução das terapias alternativas, o Médico Veterinário Holístico, possa ser o “terapeuta da família”, vindo a tratar o cão e seu dono, com terapias florais, por exemplo, que agem tão bem a nível emocional, posto que o médico veterinário pode perfeitamente atuar como Terapeuta Floral do proprietário desse cão, a fim de ajudar esse animal (e quem sabe cão e dono não se utilizem do mesmo medicamento floral). Elimina-se, assim, a raiz do problema do “pet”. Proprietário feliz, cão saudável. Porque, nestes casos, o tratamento veterinário depende, em grande parte, da melhora dos sintomas mentais do proprietário do nosso paciente. Caso contrário, este cão, possivelmente, será um paciente crônico.
E, como afirma QUEIROZ-TIBET (2002), os florais são energias sutis que podem interferir na vibração da nossa “forma-pensamento”.
Referências


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